Há uma ciência do hábito? Pode se dizer que sim. Contudo ela é muito mais ampla e tem o apoio de várias áreas do conhecimento, não sendo uma área de estudos em si, mas um objeto de estudo de muitas áreas.
Você já deve ter ouvido falar na teoria dos 21 dias? De que precisamos fazer algo por 21 dias para que se torne um hábito? Já deve ter ouvido, mas talvez não se lembre. Alguns estudos afirmam que a construção de um hábito leva de 16 a 60 dias. Onde ficam os 21 nisso, é a média? Não.
Na década de 1950, o doutor e cirurgião Maxwell Maltz percebeu um padrão de comportamento muito comum em seus pacientes. Ele – que era um renomado cirurgião plástico e especialista em amputações – percebeu que os pacientes levavam 21 dias para se acostumar com as reconstruções faciais e com as amputações. Antes deste período, os pacientes amputados se comportavam como se tivessem um órgão fantasma. Após o período de 21 dias, eles mudavam o comportamento e aceitavam a nova condição.
Estudos feitos pela Phillippa Lally, da University College London, atestam que a eficácia da Teoria dos 21 dias está justamente na criação de um prazo. Ter um prazo devidamente estipulado contribui positivamente para a saúde mental de quem deseja mudar algum hábito.
E assim seguem as teorias acerca do comportamento do hábito. É com isso que surgem técnicas como o Coaching, a PNL, e tantas outras ferramentas e formas de intervenções para que possamos melhorar hábitos, perder alguns e ganhar novos. Estamos o tempo todo tentando nos melhorar ou nos livrar de dores que já não fazem mais sentido. E algumas respostas estão no hábito.