Para nos entendermos melhor, precisamos compreender nossos arquétipos. Tanto aqueles que são internos e afetam apenas a nós, quanto aqueles que permitimos emergir e se relacionar com o externo.
Dentre todos os arquétipos, os do tipo sombra, são os que mais nos afetam. Se você já viu vilões de cinema percebeu que eles tem comportamentos que nos parecem negativos e nefastos, são aspectos sombra.
Quando olhamos para nós mesmos precisamos compreender que não chegamos ao ponto de sermos vilões (nem sempre, né?), mas temos os sabotadores, os invejosos, os malandros e por aí vai a lista. E o que fazer?
Precisamos dar luz a estes arquétipos, permitir que sejam conhecidos e transformados. Ajustar o foco seria a palavra adequada. E esse ajuste depende da clareza que temos de sua existência.
Dificilmente uma pessoa se dá conta sozinha desses aspectos, é preciso que um terapeuta o aponte, ou que na relação com as pessoas perceba como as relações são espelhos de outros comportamentos e reflitam sobre isso. Quanto mais cedo nos damos conta desses pequenos seres internos, mais cedo podemos dar paz a eles.
E aí começa a harmonia da vida. Talvez você não consiga realizar aquele sonho por causa de um arquétipo invejoso ou sabotador. Talvez não consiga se relacionar com aquele grupo por causa de um arquétipo alpinista. E são tantos os sombra que é impossível que não os tenhamos.
Pode ser que naturalmente se silenciei. Com nosso amadurecimento e experiência de vida, as coisas mudam dentro de nós. E assim os arquétipos também evoluem.
As cartas do tarot, os signos do zodíaco, o ciclo do herói, a Cabala, o eneagrama, são ensinamentos que trazem luz a estes arquétipos. Só que não são eles que resolvem. Todo arquétipo sombra é como uma criança, precisa de colocar, carinho e atenção para crescer e amadurecer. Basta que você o aceite e cresça com ele, não apesar dele.