O caminho do autoconhecimento em si já traz modificações. Quando o assunto são competências ou exigências externas, temos muita resistências em realizar tais reflexões ou mudanças em nosso comportamento, pois aprendemos que não devemos modificar nossa essência.
Bom, primeiro, sua essência é imutável, pare de colocar a justificativa, a culpa ou a responsabilidade sobre ela. O que você irá modificar, sempre que buscar aperfeiçoamento ou terapias que lhe auxiliem na sua evolução, é a resposta aos estímulos externos. Ou seja, você modifica o seu comportamento. Com o tempo, parte desse comportamento, se fizer sentido e reverberar dentro de você, passará a compor com a sua essência, mas essa nunca se modificará.
Então a resposta da nossa pergunta título é SIM e NÃO. Sim, você sempre precisa crescer, abandonar vícios, se tornar mais empático, resiliente e todas as demais palavras que nos trazem civilidade e capricho. Não, você não precisa se sacrificar para isso, seu eu pode e deve ser preservado.
O que normalmente nos traz sofrimento quando passamos por um processo que exige mudanças é esse conflito entre o eu atual e o eu desejado ou exigido: "Querem que eu seja alguém que eu não sou". Enquanto deveria ser: "Querem que eu tenha atitudes que hoje eu não compreendo ou que não fazem sentido para mim". Esse segundo modelo te abrirá para o diálogo, enquanto que o primeiro te deixará preso na relação de ação e reação do mundo externo sobre o seu eu interior.
E combinemos, ninguém quer ficar preso nessa corda bamba entre agradar o mundo e a si mesmos. Com o tempo, e aprendendo que o que mais importa ao mundo é nossa ação útil, começamos a permitir nossa essência estar visível, sem com isso deixar de ter jogo de cintura e os comportamentos adequados a cada situação. Claro, tudo tem uma correlação de propósito, e haverá momentos em que iremos testar os limites da civilidade, para que possamos expandir e modernizar as relações. Por isso, bom senso e equilíbrio sempre serão a melhor resposta para essa pergunta!
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